[PH]

tudo é assim: de ir-se e vir. veio-se, então: instalou-se quase que imperceptível; tomou espaço, alargou-se a comodar-se ao tempo. fez parte dos poemas, resenhas, trabalho, faculdade...das horas vagas em que se não ter alguém por perto é ensejo quase certo pra loucura. até que se foi e dei-me, por enfim, vencido: recolhi-me o time a escanteio. fui, de quase-todo, um homem justo, nisto creio. hoje, tenho por mim que amei: tão mais pela constatação de que não amo, em tal intensidade, as coisas que por cá estão (boas que sejam), nem por elas faço, sou ou ajo. acho, apenas, que era e não aquilo: um tanto mero, um pouco cego...carregando, num amplexo, tudo o que deveria dizer mas não houvera dito.

definitivamente eu falo demais por não dizer.

reconheço que amar faz falta...

dúvida

que há, de tão distinto, entre o amor e as partículas invisíveis a olho nu?

Atos práticos

por vezes, mal sei que faço: tomo, sustento até que não mais, e deixo seguir, por mãos abaixo, em trajetória sinuosa ao chão.

assim é com a palavra escrita...

momento de seguir o silêncio

dos pequenos atos práticos.

só não gosto muito disso...

Amar o mar

queria estar sempre perto do mar,
para nunca perdê-lo de vista.

Factual

existe a ciência elementar das coisas verdadeiras; tão igualmente, a verdade elementar das coisas cientes.

o meu compromisso com ela (a verdade), acaba-se por aqui.

acerca de a loucura daqueles em excesso lúcidos

felizmente, são poucos os que me conhecem, o que permite fazer, desta aparente loucura, um refúgio para este excesso de lucidez.

Mudança de rumo

virou a história, então, do avesso:
nem mias sboue por odne coemaçva.